A Globo entrou na briga das novelas verticais (e o que você precisa aprender com isso)
- Guto Aeraphe
- 27 de nov.
- 2 min de leitura

Recentemente, a Globo oficializou sua entrada na disputa pela atenção nas telas verticais com "Tudo Por Uma Segunda Chance". Estrelado por Jade Picon, o folhetim distribuído no TikTok, Instagram e YouTube não é apenas um experimento; é um sinal claro de que o mercado brasileiro acordou para o formato.
A trama, que acompanha o drama do jovem milionário Lucas e os planos de sua amiga Soraia, segue uma lógica de distribuição agressiva: 10 episódios novos toda terça-feira. Mas o grande acerto da Globo não está apenas na história, e sim na estética e na técnica.

A produção compreendeu a gramática visual do 9:16: planos fechados, foco nas expressões faciais e uma decupagem pensada para a tela do celular. E o detalhe fundamental: muitos plot twists por episódio.
Escrever para novelas verticais não é "encurtar" um roteiro de cinema. É uma técnica distinta, que chamo de "Engenharia do Vício". Não se trata de arte contemplativa, mas de retenção. Para que um projeto funcione neste formato, o roteiro precisa seguir pilares específicos que detalho no método Lean Film Design:
Os "Cinco Segundos de Ouro": A janela de atenção encolheu. Se o gancho não acontecer nos primeiros 5 segundos, o público desliza o dedo. Não há tempo para construção de mundo lenta.
Densidade Narrativa: O microdrama vertical não tem "gordura". Cada episódio de 90 segundos exige um arco completo, com conflito e um cliffhanger obrigatório.
Atuação Programática: A sutileza morre na tela pequena. O roteiro deve indicar emoções de pico e reações claras, garantindo o entendimento instantâneo, muitas vezes até sem som.
Domine a técnica antes que o mercado sature
Ver uma gigante como a Globo investindo pesado nessa estética comprova que o formato vertical deixou de ser tendência para se tornar um padrão de indústria. No entanto, tentar replicar esse sucesso na base da "tentativa e erro" é um desperdício de tempo e recursos.

No meu livro, "Manual Prático de Criação para Diretores, Roteiristas e Produtores Modernos", eu disseco a estrutura exata dos Duanju (microdramas) e ensino como aplicar o Lean Film Design para criar roteiros de forma mais rápida e acertiva para o mercado.
Você aprenderá a estruturar episódios de alto impacto (segundo a segundo) e a utilizar a Inteligência Artificial para validar a viabilidade comercial dos seus ganchos.
Não espere o mercado ficar saturado para se adaptar. Adquira o manual e comece a projetar narrativas para as novas telas agora mesmo.

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